quinta-feira, 17 de setembro de 2009

Eu não entendo meus pais ou meus pais não me entendem?

Relação familiar é um tema hiper complicado a ser discutido, porque existe o grande desafio da convivência.
Se tem relação, tem que ter convivência. Senão seria como avião sem asa, fogueira sem brasa. Mesmo que não seja presencial, ela também existe à distância.
Entre meus pais e eu a relação nem sempre é boa. Até a infância era — eu até ganhava presente no dia das crianças; no natal, então, nem se fala. Mas agora cresci, tenho minhas vontades próprias e quero minha independência. É, pessoal, aí começam os dilemas da adolescência, ou melhor, aborrescência.
Então começa a velha história: “Vai sair? Meia noite em casa”; “filha, a toalha molhada está na cama”; “lava a louça depois do almoço?”. E sem contar que ainda tenho que pegar pesado nos estudos. Nessa relação familiar, isso me deixa com os nervos à flor da pele, “eita”, como é difícil.
É o tal negócio: nossa, como meu pai é chato! Se desobedeço um pouquinho sou rebelde, e aí posso ficar uma semana sem net. Tem que ser forte para aguentar.
Às vezes fico pensando... Se fosse minha mãe, iria ser “mara” com minha filha. Poxa, me deixa ser feliz, já que daqui a pouco tenho que seguir aquela trajetória: fui bebê, criança, sou adolescente e tenho que terminar meus estudos e logo casar. Então me deixa curtir por enquanto. Mas também fico pensando: eles sabem o que é melhor para mim, mas como sou rebelde, né?! Prefiro a primeira hipótese.
A vida é bem difícil, nela existe outro desafio, a confiança. Porque tudo que deveria existir, não existe: “Filho, juízo! Você bebeu, fumou?”, “Não, mãe”, “Me diz a verdade!”. Poxa, se já disse que não, por que insistir? De certo, quando ela vai na feira eu pergunto se ela comprou fiado...
Nossa, nunca pensei que uma simples palavra, relação, englobasse tantas coisas como: convivência, respeito, confiança, amizade, apoio, segurança, amor, carinho e muito mais.
Bom, apesar de meus protestos, a segunda hipótese prevalece, afinal foram meus pais que me fizeram nascer e me criaram. Por isso, “amor, I love you!” Ops, para você ver como é importante, você existe no estrangeiro, aliás, em todas as línguas. Que chique! Enfim, se não existisse o amor do meu “veio” e da minha “veia”(lógico que são os véios que eu mais amo), eu não teria nascido e me tornado tudo que sou hoje.
Até os ciúmes do pai coruja eu tenho que aguentar. Mas vamos combinar, quem ama, cuida. Quando eu crescer quero ser igual a você, mesmo que eu tenha apenas 1,55 m — vai demorar, mas um dia eu cresço.
Quando eu casar, tenho certeza que vou me distanciar deles e vou sentir falta. É aquele roteiro: comer arrozinho de forno no domingo, aquele dia super animado, porque você sabe que já vem a segunda-feira. Super do bem! Vou sentir falta sim, mas vou me virar, porque entre marido e mulher não se mete a colher.
Neste último parágrafo quero homenagear estes velhos tão amados. A gente briga, briga, briga, mas também se diverte. Então, pai e mãe, agradeço a vocês por terem me gerado e ensinado tudo o que sei. Por isso, pais, amo vocês ao extremo (L)333.

Agradecemos toda galera que curtiu a nossa experiência de vida. Obrigada.
Beijinhos, especialmente para a galera da Xurupita.

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